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Mais sobre o uso do hífen: Evitemos a confusom, na escrita, entre desinências verbais e pronomes pessoais

Mais sobre o uso do hífen: Evitemos a confusom, na escrita, entre desinências verbais e pronomes pessoais

Na hora de escrevermos as desinências verbais, qual é a forma correta de fazê-lo, todo junto ou separado por um hífen? Creio que é um dos erros mais comuns que vejo no dia a dia ao escrever em reintegrado e que pode ser de ajuda para toda a comunidade.

 

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RESPOSTA DA COMISSOM LINGÜÍSTICA    

É algo freqüente, com efeito, e nom apenas entre os reintegracionistas principiantes, enganar-se na escrita, nomeadamente, da desinência ou terminaçom da primeira pessoa e da terceira pessoa do singular do pretérito do conjuntivo (= subjuntivo) dos verbos galego-portugueses, mas também noutras, como a primeira pessoa do plural do infinitivo pessoal ou conjugado. Referimo-nos a formas tipo *conta-se, *come-se, *parti-se,*contar-mos, *comer-mos, *partir-mos, com umha falsa seqüência de forma verbal truncada mais um inexistente pronome átono. Em todos esses casos, a forma escrita correta é a que mantém a integridade das respetivas formas verbais com as suas desinências: eu/ela/ele cantasse, comesse, partisse; cantarmos, comermos, partirmos (nós)...    

Naturalmente, para se evitar este erro na escrita, deve escrever-se com atençom e reparar, a todo o momento, em qual é o verbo e as correspondentes formas verbais que se devem utilizar. Assim, se estivermos a escrever umha oraçom de condicional hipotético ou improvável, devemos contar com formas do pretérito do conjuntivo para a clásula subordinada, e estas ham de surgir, entom, de forma plena na nossa redaçom, sem permitirmos a sua «deformaçom» pola presença espúria, impertinente, de um falso pronome se, como se mostra no seguinte exemplo: «Se chegasse a tempo, veria-a em açom!» [mal: *chega-se]. Em caso de dúvida, podemos recorrer à seguinte ajuda: conjuguemos o verbo em causa, nom na primeira ou terceira pessoas do singular, mas em qualquer outra pessoa, para verificarmos que, entom, nom surge qualquer pronome se: «Se chegasses / chegássemos / chegássedes / chegassem».

Já no caso dos erros com a forma da primeira pessoa do plural do infinitivo pessoal ou conjugado, basta comprovar se faria sentido utilizar a contraçom dos pronomes átonos me + os = mos no contexto concreto em que a dúvida surgir, ou se fai referência à pessoa do infinitivo em causa: «Antes de sairmos, vou recolher a roupa do estendal» [mal: *sair-mos]. Como prova adicional, habitualmente é possível trocar a forma do infinitivo pessoal por que + conjuntivo. No exemplo anterior: «Antes que saiamos, vou recolher a roupa do estendal».

Última modificação emQuarta, 30 Mai 2018 23:08
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