
“Ocidente” de Alberte Momám
José Alberte Corral Iglesias
Para mim que nom som critico literário, nem tenho formaçom especifica sobre os diversos eidos da literatura, escrever sobre “Ocidente”, o último livro de relatos de Alberte Momám nom é umha tarefa doada, e muito mais quando só som leitor da sua obra poética. A Momám devemos-lhe vários poemários dumha intensidade que subjuga ao leitor: Road Movie, As mil horas, A chuva que derrete a mármore até chegar ao cadáver, etc... Nesta nova entrega literária, na que os relatos rematam com um pequeno poemário, Momám, apresenta-se como um ser conformado por umha poética tremendamente pessoal.
Bem sabemos que numha obra literária nada é casual, o escritor atribui a cada umha das palavras umha funçom mágica, sedutora, para com as mesmas nos interrogar sobre as razons do que nos conta. E de agradecer ao narrador o seu estilo fluente e directo à retina do leitor, que o conduz além da imediatez do texto; porque para Momám expressar as circunstancias da condiçom humana nom é um exercício estilístico mais, mas si umha ética solapada na palavra. A sua escrita só pode ser o resultado dumha estudada depuraçom lingüística que decorre tempos e espaços invocadores nos quais interroga. Os textos de “Ocidente” tornam-se mais poderosos à medida que as personagens reflexionam com as suas contradiçons inerentes a toda existência que pretenda ser livre. Através da narrativa dos relatos percebemos a interrogaçom sobre as condutas humanas que o autor fai sua e quere também fazer-nos cúmplices da mesma.
Deparemos no relato de “Ocidente” intitulado: “Não há ninguém perto de si”, escrevido com um feitio plástico e ricaz, Nele Momám elabora umha estória inesperada onde tempos e espaços estám misturados num discurso para nos mostrar aquilo que é agachado ainda que padecido. A linguagem está determinada por umha rítmica directa e atraente. A personagem central encarnada numha mulher, Ameline, marca e vértebra todo o desenvolvimento dos acontecimentos narrados desde umha sexualidade livre até nos apresentar no seu devir a barbaridade da guerra.
A linguagem literária de Momám é poderosa pois nom se serve da mesma para agochar as cousas senom para nos apresentar espidas de toda retorica. Através dos acontecimentos vividos polas personagens revela-nos aquilo que tentam vender como um sucesso mais exposto em dous segundos na ecrá dum noticiário de televisom, resultando ser só umha justificaçom para nos vender publicidade. Identifico-me com o jeito de contar de Alberte Momám, emociona-me. A escrita dos textos está cheia de presente e passado, desvelando que talvez o homem nom seja outra cousa que o grande mono assassino.
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