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Anti-vacinas e outros

Anti-vacinas e outros

Joám Luís Ferreiro Caramês

É alarmante comprovar como já bem começado o século XXI, surgem e expandem-se movimentos como os anti-vacinas, crenças religiosas, esotéricas.... Provavelmente e com muita diferença seja o movimento anti-vacinas o mais perigoso de todos porque afecta à saude de toda a humanidade.

Estamos assistindo no mundo desenvolvido a um acrescentamento de enfermidades que estavam desaparecidas ou case, e a causa fundamental é a cada vez maior quantidade de pais e maes que decidem nom vacinar aos seus filhos e filhas, criando assi umha “bolsa” de crianças que carecem de protecçom contra doenças muito comuns há 50 ou 60 anos mas hoje quase desaparecidas. O problema é muito sério, e apesar das evidencias e brotes cada vez maiores, incluindo mortos, a percentagem de nom vacinados segue a crescer. O que há só uns anos era grotesco e anedótico, hoje esta a se converter num problema sanitário muito grave. Chegando a situaçons incompreensíveis, quando nom há muito umha eurodeputada (Lídia Senra), organizava em Vigo umha “charla” dando voz a um desses grupos anti-vacinas. Como é possível que umha pessoa que ostenta um cargo público poda ser alto-falante de grupos que vam contra a saude pública?, como é possível que a organizaçom da que forma parte nom faga nem o mais mínimo comentário nem desminta essa actuaçom?. Nom é a primeira vez que actua desse jeito, há uns meses já participara também na organizaçom na Corunha dumhas jornadas sobre “medicina alternativa”, no que participava um charlatam perigoso como Josep Pamiés. 

Que ainda hoje seja possível comprar como medicina pílulas homeopáticas, que tenhem o mesmo valor terapéutico que umha gominola ou um avemaria, indica nom só que o problema é muito sério, senom que ademais o próprio sistema esta corrompido. Num pais sério nom devera ser possível comprar numha farmácia produtos homeopáticos como medicinas, porque simplesmente nom o som, nom deixam de ser um placebo muito caro envasado do mesmo jeito que os medicamentos.

Quando um lê, ou vê informaçom sobre isto (anti-vacinas “medicina alternativa”...), sempre fica a dúvida de até que ponto pode ser real, ou como pode haver gente que acredite nisto. Mas quando pom a orelha e escoita à gente que tem a seu redor, é quando realmente a cousa mete medo, o nível de penetraçom na sociedade deste tipo de questons é enorme.

É compreensível que a populaçom em geral desconfie do poder, e desconfie polo tanto da indústria farmacêutica, que como todas busca a maior ganância possível (é lei do capitalismo). Mas ante isso o normal seria informar-se com seriedade e decidir em base a dados certos e comprovados, mas a reacçom é rematar caindo nas redes de qualquer “tinglado” que baixo o nome de natural ou alternativo ofereça qualquer cousa. Ou é que a indústria homeopática, a “natural” e a “alternativa” nom buscam o lucro?, mas aqui basta com colocar o adjectivo adequado para quedar isento de crítica ou controlo. 

Mas porquê ocorre isto?, supom-se que o nível de formaçom da populaçom é cada vez maior, polo tanto maior capacidade para avaliar e mais dificuldade para enganar à gente. Mas o resultado é o contrário, e nom é só polo bom marketing (que o é), senom porque o falho está no suposto nível de formaçom. Um entenderia que o objectivo da educaçom é o de obter pessoas formadas com conhecimentos e critério que lhe permitam desenvolver-se no mundo. Mas esse nom é na maior parte dos casos nem o caminho seguido, nem os resultados buscados. Como se pode criar umha pessoa com espírito crítico senom se fomenta o interesse polo conhecimento e se limita o ensino à acumulaçom de dados, que nom conhecimentos. Se eu nom compreendo o quê e o por quê do que estudo, nom tem sentido, nom o vou processar, vou-no armazenar. Por dar um exemplo, se eu tenho um armazém cheio de cousas, mas nom tenho umha guia que me permita aceder aos produtos nem poder usa-los nom tenho nada. Se o único objectivo é o de passar a avaliaçom, temos títulos mas nom conhecimentos.

O problema dos movimentos anti-vacinas, medicinas alternativas..., sendo um problema grave porque afecta à saude de toda a populaçom, nom é o pior. O mais grave é que é um sintoma da sociedade na que estamos, perfeitamente planificada para que isto seja assi. Nom somos ignorantes, fabricam ignorantes para que todo siga funcionando. É por isso que é fundamental nom ser colaboradores e nom ajudar a este despropósito participando na cerimonia da confusom porque nos vai a vida nisso.

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