Sobre algumhas aglutinaçons preposicionais e fórmulas comparativas...
O primeiro livro que lim em galego-português da Galiza, do qual se vai fazer agora umha nova ediçom —ou já foi feita— foi Scórpio; lá apareciam formas como «coma mim», ou as formas contractas co, coa, coas... Gostava de saber se isso era devido a que nos encontrávamos numha fase inicial da norma, que ainda nom estava fixada, ou é algo que se incorporou e hoje, ainda nom aparecendo em sítio nengum, pode ser empregue legitimamente no quadro do reintegracionismo.
Luz e José Lafuente. País Valencià
RESPOSTA DA COMISSOM LINGÜÍSTICA DA AEG:
Os nossos amáveis consulentes referem-se aqui a duas questons de diferente natureza. Em primeiro lugar, a respeito da opçom entre co e com o, coa e com a, etc., diga-se que a Comissom Lingüística da AEG, organismo académico que regula o padrom galego reintegracionista, resolveu, no seu recente Compêndio Atualizado das Normas Ortográficas e Morfológicas do Galego-Português da Galiza (2017: pág. 15, 86), simplificar essa série de disjuntivas gráficas que até entom cabiam dentro dos usos do reintegracionismo galego (respeitantes a como grafar o encontro da preposiçom com com os artigos, quer definidos quer indefinidos), no sentido de prescrever agora unicamente as formas nom aglutinadas (com o, com a, com um, com umha, etc.). O fundamento desta novidade normativa radica em que som as formas nom aglutinadas as únicas presentes nos padrons lusitano e brasileiro do galego-português, em que os usos verificados no reintegracionismo desde os tempos de Carvalho Calero (autor do romance Scórpio) tenhem tendido a privilegiar de forma muito clara essas formas nom aglutinadas e, finalmente, em que estas formas nom aglutinadas nom exigem, necessariamente, a realizaçom fónica nom aglutinada, de modo que, ainda grafando com o, com um, etc., cabe continuarmos a pronunciar /ko/, /kum/, etc.
Já quanto às fórmulas comparativas «coma mim», «coma ti», «ca mim», «ca ti», freqüentes nos falares (coloquiais) da Galiza, devemos ter em conta que se trata de expressons próprias do registo popular, nom de um registo formal, ao qual, polo contrário, si pertencem as fórmulas correspondentes «como eu», «como tu», «(do) que eu» e «(do) que tu», como se afirma nas pág. 154 e 155 do Compêndio Atualizado das Normas Ortográficas e Morfológicas do Galego-Português da Galiza, da Comissom Lingüística da AEG (2017).
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